Biólogos alertam que algumas espécies de insectos, como borboletas e abelhas, podem desaparecer no prazo de um século. Outras, que são pragas, irão aumentar por se terem adaptado e tornado resistentes a pesticidas...
Mais de 40% das espécies de insectos estão em declínio e um terço estará ameaçado de extinção, segundo uma análise levada a cabo por dois cientistas e publicada na revista Biological Conservation.
Francisco Sánchez-Bayo, da universidade australiana de Sidney, e Kris Wyckhuys, da Academia chinesa de Ciências Agrícolas, de Pequim, sustentam que a taxa de extinção entre os insectos é oito vezes mais rápida do que a verificada nos mamíferos, aves e répteis.
A massa total de insectos estará caindo 2,5% por ano, de acordo com os dados disponíveis, o que indicia que muitas espécies poderão mesmo desaparecer dentro de um século.
Se as perdas de espécies de insetos não forem interrompidas, isso terá consequências catastróficas, tanto para os ecossistemas do planeta, quanto para a sobrevivência da humanidade", assinala Francisco Sánchez-Bayo.
Vários outros estudos realizados nos últimos anos já demonstraram que populações de algumas espécies de insetos, como abelhas, sofreram um grande declínio, principalmente nas economias desenvolvidas.
Na análise agora publicada, que avalia 73 estudos publicados nos últimos 13 anos em todo o mundo, os cientistas realçam que "o principal factor é a perda de habitat, devido às práticas agrícolas, urbanização e desmatamento".
Em segundo lugar, está o aumento no uso de fertilizantes e pesticidas na agricultura em todo o mundo, com poluentes químicos de todos os tipos. Em terceiro lugar, temos factores biológicos, como espécies invasoras. Quarto, mudanças climáticas, particularmente em áreas tropicais, onde se sabe que os impactos são maiores", assinalam os autores.
Pragas aumentam
Ao invés, o estudo assinala que, se muitas espécies de insectos estão a caminho da extinção, outras, como moscas domésticas e baratas, tendem a crescer em número, dada a capacidade que têm de se adaptar às mudanças e proliferar.
Espécies de insectos que são pragas e se reproduzem rapidamente provavelmente irão prosperar, seja devido ao clima mais quente, seja devido à redução de seus inimigos naturais, que se reproduzem mais lentamente", comenta Dave Goulson, da Universidade britânica de Sussex, em declarações ao jornal britânico The Guardian.
Segundo Goulson, espécies como moscas domésticas e baratas podem ser capazes de viver confortavelmente em ambientes humanos, além de terem desenvolvido resistências a pesticidas.
É plausível que vejamos uma proliferação de insectos que são pragas, mas que venhamos a perder os insectos maravilhosos de que gostamos, como abelhas, moscas das flores, borboletas e besouros", refere o cientista.
Os insectos representam a maioria dos seres vivos que habitam o planeta e são fundamentais para muitas outras espécies, incluindo os humanos. São alimento para pássaros, morcegos e pequenos mamíferos, polinizam cerca de 75% das plantações no mundo e até mantêm o número de pragas sob controlo.
Se um grande número de insectos desaparecer, diz Goulson, provavelmente serão substituídos por outras espécies. Mas esse é um processo de milhões de anos, "o que não é um consolo para a próxima geração, infelizmente".
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