Avançar para o conteúdo principal

Cientistas encontram provas de que não, o novo coronavírus não foi feito em laboratório


As proteínas que coroam o novo coronavírus e a sua estrutura molecular têm pistas que explicam a origem natural do SARS-CoV-2. A ciência desmonta uma das mais virais fake news da pandemia de Covid-19.
É uma das muitas conspirações que se propagaram pelo mundo à mesma velocidade que o próprios vírus: a de que o SARS-CoV-2, na origem da pandemia de Covid-19, foi criado em laboratório. A teoria, depois, sofre algumas variações. Para uns, escapou das mãos dos cientistas por acidente; para outros, foi libertado propositadamente para controlar o crescimento da população mundial. Mas nenhum deles está correto. E um novo estudo científico explica porquê.


Vamos aos factos. Sim, há um laboratório de alta segurança em Wuhan, a cidade de onde se começou a espalhar a pandemia. Chama-se Laboratório Nacional de Biosegurança e é dos poucos a nível mundial com um sistema de segurança suficientemente robusto para poder albergar investigações científicas centradas em alguns dos mais perigosos agentes patogénicos.
Outro facto: não, o novo coronavírus não foi fabricado neste laboratório, nem em qualquer outro; e nem escapou por alguma brecha no sistema de segurança destas instalações. Um novo estudo publicado esta terça-feira na revista científica Nature indica que há pistas no genoma e na estrutura molecular do SARS-CoV-2 que comprovam que o vírus teve origem natural e que foi transmitido de um animal para a humanidade, sem a intervenção de qualquer cientista.
De acordo com as conclusões do Instituto de Investigação Scripps, a resposta que desmonta esta teoria da conspiração está nas proteínas com forma de espigão que existem na superfície do vírus e que lhe confere aquele aspeto coroado. Essas proteínas têm uma estrutura parecida a um gancho que se fixa à célula humana e a ataca com moléculas que a obrigam a abrir-se, permitindo a entrada do material genético do vírus.

Esse gancho já existia no vírus, mas as comparações genéticas que os cientistas fizeram entre o novo coronavírus e os outros vírus desta família comprovam que ele evoluiu para atingir uma proteína que existe na superfície das células humanas, numa estratégia de adaptação natural. De acordo com os autores do estudo, “a proteína em espigão do SARS-CoV-2 é tão eficaz na ligação às células humanas que os cientistas concluíram que era o resultado de seleção natural, não o produto da engenharia genética”.
Como assim? Para entender melhor, é necessário olhar para a estrutura molecular do vírus e estudá-la como se fosse a fuselagem de um avião. O que estes cientistas sugerem é que “se alguém estivesse a tentar projetar um novo coronavírus para ser um agente patogénico, tê-lo-ia construído a partir do modelo de um vírus que já se sabia que causa doenças a humanos“.

Não era o caso aqui: a estrutura do SARS-CoV-2 era diferente da verificada noutros coronavírus conhecidos por serem prejudiciais para a saúde humana, mas parecida com a estrutura de vírus presentes nos morcegos e nos pangolins, animais com quem os chineses — a primeira população mundial a relatar um novo problema de saúde pública — convivem há muito tempo, sem que isso parecesse constituir um perigo para a população.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

11 de setembro português provocou 49 mortos na Linha da Beira Alta

O 11 de setembro português ocorreu há 37 anos na linha ferroviária da Beira Alta, em Alcafache, no concelho de Mangualde, distrito de Viseu. Foi o mais trágico acidente ferroviário português, provocando a morte a 49 pessoas. No entanto, 64 passageiros continuam ainda hoje dados como desaparecidos. O serviço regional 1324, com paragem em todas as estações e apeadeiros, chegou à estação de Mangualde, onde deveria permanecer até fazer o cruzamento com o Internacional. No entanto, e não obstante o facto de se terem dado ordens para que a prioridade na circulação fosse atribuída ao serviço internacional, o regional continuou viagem, estimando que o atraso na marcha do Internacional fosse suficiente para a chegada à estação de Nelas, onde, então, se poderia fazer o cruzamento. O outro serviço estava a circular com um atraso menor do que o esperado; considerando, erroneamente, que a via estava livre até à estação de Mangualde, também continuou viagem. Após a partida,

PNetwork 120.000% previsão dos analistas...

PNetwork é uma das principais moedas a ter sucesso... pode subir ate 120.000% facilmente  Você deseja encontrar Criptomoedas de Baixo Valor? As criptomoedas conquistaram um importante espaço no imaginário dos investidores. Afinal, essa categoria de investimento, se tornou extremamente popular nos últimos anos, com grandes promessas de valorização extraordinárias. No entanto, encontrar boas moedas virtuais por um valor acessível nem sempre é uma das tarefas mais fáceis. Pensando nisso, nós do Guia do Investidor, elaboramos para você uma lista com as Criptomoedas de Baixo Valor. Ou seja, as opções mais baratas para você investir! Confira agora mesmo mais detalhes! Lista de melhores moedas para investir Notícias ▪︎▪︎▪︎》♤♡◇♧ Jorge Daniel Mendes Ferreira

Ex-jogador arrepende-se de ter deixado futebol para ser ator pornográfico: «Não é tão bom como pensam»

Damian Oliver referiu que "estaria a ganhar muito mais dinheiro" com uma bola nos pés e contou primeira experiência no meio Damian Oliver deu uma volta radical à sua vida quando decidiu deixar o futebol para tentar a sorte no mundo do cinema para adultos.  Agora, oito meses depois, o antigo jogador do Crystal Palace mostra-se arrependendido por ter tomado tal decisão. "Quando eu estava no Crystal Palace, se tivesse ficado com eles, estaria a ganhar muito mais dinheiro a jogar futebol. Eu também lutava, era um lutador experiente. Talvez isso também poderia ter dado em alguma coisa.  Era bom nas duas coisas, mas pensei que ser ator porno seria tão bom quanto isso", referiu recentemente Damian Oliver no podcast 'Anything Goes with James English', dizendo ainda que pertencer ao cinema para adultos "não é tão bom como as pessoas pensam". Damian Oliver contou ainda que foi aconselhado a entrar naquela indústria, uma vez que costumava dormir com mu