Bengala da rainha pode não ter preço, mas uma carta assinada por Isabel II já está a valer mais 20 mil euros
Primeiro, as boas notícias para os colecionadores ávidos de tocar no que um dia foi da rainha Isabel II: mesmo não sendo antiguidade, porque para esse estatuto há que esperar 100 anos, os objetos da rainha já são “historicamente importantes”, como lhes chama a antiquária londrina Natalie Dixon.
As cartas que a rainha escreveu, por exemplo, são um desses objetos "historicamente importantes".
Tome-se como exemplo a bengala que a rainha Isabel II usou nas suas últimas aparições públicas, como no encontro com a primeira-ministra Liz Truss, em Balmoral, dois dias antes de morrer. “É um objeto relativamente banal”, diz a Natalie. A raridade do objeto pode contar, tal como o (bom ou mau) estado em que se encontra podem dizer muito sobre o valor que pode atingir. Neste caso, seria mesmo o facto de ter pertencido à rainha e existirem provas disso - a fotografia com a primeira-ministra - que fariam a diferença. “Ter a prova da proveniência é importante”, sublinha Natalie.
Já a espada com que a rainha ensaiou cortar um bolo de aniversário ao lado da agora rainha consorte e da duquesa de Cambridge (agora princesa de Gales) pode bem ser um desses casos em que um objeto pode chegar ao mercado e atingir valores muito altos. Além de ser uma arma de boa qualidade aos olhos de quem entende do assunto, há provas de que a rainha a usou e, mais, o vídeo desse momento foi amplamente divulgado. Um caso raro, note-se. Para Isabel II como para outros reis e rainhas.
A bandeira faz parte dos adereços que alugam para filmes de época, como outros objetos que aqui se vendem e que podem lembrar a série “Downton Abbey”.
A loja abriu em 1950 e está nas mãos da mesma família desde 1959. Sempre de olho em objetos dos séculos XVIII e XIX que muitos podiam considerar dispensáveis, mas que foram ganhando espaço com os anos. Como as tais lembranças relacionadas com Victoria e Albert e o nascimento do príncipe Eduardo, futuro Eduardo VII.
Nancy Andersen, terceira geração a trabalhar na loja (agora é do tio), retira os pratos evocativos do casal de uma prateleira. A avó Vivian, de 91 anos, e fundadora do The Lacquer Chest tirou-os há poucos meses do sótão, onde estavam há muitos, muitos anos. Não chegam a ser raridades, mas um exemplar datado de 1841 pode custar cerca de 250 libras (288 euros).
O interesse que os objetos da rainha Isabel II podem despertar entre colecionadores só têm uma rival na realeza: Diana. A sua vida, e a trágica morte, tornam interessante tudo o que um dia pertenceu à então princesa de Gales.
Alguns dos seus vestidos foram leiloados por somas importantes que foram entregues às associações de que era rosto e, recentemente, por ocasião do 25.º aniversário da sua morte (31 de agosto), foi vendido em leilão um Ford Escort que a princesa conduziu. Quase um milhão de dólares contra os 10 mil euros que pode custar este modelo habitualmente.
😆
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