São Pedro do Sul é destino termal há dois mil anos e acaba de reabrir as portas de um lugar que guarda em si todas as camadas dessa história milenar: o antigo Balneário Romano. Deixado ao abandono durante mais de 30 anos, foi alvo de uma profunda intervenção que procurou recuperar a estrutura, mantendo os elementos originais do edifício e reconstruindo as partes perdidas no tempo, com uma clara distinção entre o novo e o antigo.
Fruto desta reabilitação, concluída em 2019, nasceu este ano um Centro Interpretativo que convida a mergulhar na história termal de São Pedro do Sul. “Estes balneários foram sempre o grande motor de desenvolvimento da região”, diz Eduardo Nuno Oliveira, técnico da Câmara Municipal, guia e apaixonado pelo estudo e divulgação da história local.
Tudo começou com a chegada dos romanos, no século primeiro. Foram os pioneiros a tirar partido das propriedades medicinais das águas sulfúreas que ali brotam da terra. Desse período de ocupação romana conservam-se vários testemunhos, como piscinas, paredes, colunas, pavimentos e canalizações, que se misturam com as adaptações e requalificações que o edifício sofreu ao longo dos séculos. “Este monumento é fértil nessas costuras arquitetónicas, nesse reaproveitamento dos materiais e das estruturas anteriores nas várias intervenções posteriores”, diz Eduardo.
Vários monarcas da nossa história terão passado por aqui, mas é com D. Manuel I, já no início do século XVI, que se dá um grande desenvolvimento da atividade termal. Além de entregar um novo foral à localidade, o rei manda transformar estes edifícios romanos e medievais no Real Hospital das Caldas de Lafões. “Nesse tempo derrubam paredes, levantam outras, constroem novos acessos, novas salas, abrem portas, fecham janelas. É um período de grandes transformações, que vão ter continuidade nos séculos XVII, XVIII e XIX”, explica o guia.
No século XIX, o espaço chegou a transformar-se num hospital militar, voltando depois à sua atividade termal, até a crescente procura e a desatualização dos equipamentos obrigar à construção de um novo balneário, em 1886. No século XX, o espaço perde completamente a sua função termal. Ainda acolheu uma escola primária, depois um café. Foi arrecadação de materiais diversos, principalmente de barcos de recreio que no verão andavam no rio Vouga, e em meados da década de 90 entra em ruína, até a sua reabilitação voltar a trazer à luz do dia um dos mais bem conservados complexos termais de origem romana do país.
Em 1169, D. Afonso Henriques terá procurado as afamadas águas do Banho – o nome medieval da localidade – para alívio de um ferimento que sofreu na perna durante a batalha de Badajoz. A passagem do primeiro rei de Portugal ficou de tal maneira marcada na identidade local que a partir daí a grande piscina do complexo central do balneário passou a adotar o seu nome. É-lhe atribuída uma possível intervenção nesse tanque de origem romana, e que hoje exibe também alguns vestígios do período manuelino, como as duas bicas que alimentam a piscina de água termal.
Fruto das ampliações dos séculos XVII, XVIII e XIX, a antiga Capela de Nossa Senhora da Saúde, padroeira daquelas águas, foi lugar de culto até meados do século passado, e conserva ainda o altar, embora agora seja uma sala de interpretação do caráter sagrado da água termal. O som da água é incorporado na música que preenche o ambiente.
Na sala lateral, onde se vê um conjunto de banheiras individuais, revestidas com azulejos, existia uma piscina de origem romana, que foi substituída pelas banheiras, destinadas exclusivamente ao uso das mulheres, no século XIX, numa tentativa de adaptar o balneário às inovações da época e ao novo impulso que a atividade termal teve nesse período.
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Jorge Daniel Mendes Ferreira
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